quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Homenagem a minha mãe.

Minha mãe fez aniversário dia 8 de fevereiro. Esta foi a homenagem que fiz para ela.

Mãe,

Nascemos, e vivemos. Nasci graças a você. Foram nove meses de espera, mas, felizmente tudo deu certo e pude existir. Ao longo dos anos, fui tornando-me consciente do mundo e cada vez mais amadurecido. Enfrentei problemas, passei por dias alegres e tristes, mas, sempre tive a minha mãezinha pra cuidar de mim.

E neste dia (8 de fevereiro), o qual você completa mais um ano de idade, eu não poderia deixar de homenageá-la. Apesar de ser impossível descrever em palavras tudo o que você merece ouvir, ou melhor, ler.. Quero pelo menos tentar me expressar.

Mãe, você é a pessoa mais importante pra mim. Você me ama mesmo quando eu erro. É esse amor verdadeiro que me faz admirar cada vez mais o quanto você é especial. Uma mulher de oração, temente a Deus e que sempre está disposta a me fazer feliz, independente de tudo. Corajosa e bondosa, linda, mas às vezes meio nervosa (risos). Essa é você, essa pessoa que amo tanto e que tenho o orgulho de chamar de mãe.

Sei que não sou o melhor filho, sei que as vezes pareço não demonstrar, mas, quero que saiba que te amo com todo o meu coração. Sei também que não sou o filho perfeito, mas, agradeço a Deus por ter uma mãe perfeita.

Feliz Aniversário.

Jhonatas Alfradique


O menino que não tinha a mancha

Olá pessoal! Essa é a minha primeira crônica. Espero que gostem e reflitam.


“Todo homem nascido na cidade de Orienaj Oir deverá pertencer a um clã de acordo com a sua família. E ao completar 18 anos, um ritual deverá ser realizado e o corpo de todo homem marcado com uma mancha que representava seu clã”

Um jovem, que morava em Orienaj Oir era do clã tapu. Não muito conhecido, seu clã era modesto e pequeno. Existiam vários clãs, dentre eles o mais famoso, o cauí. Esse jovem que chamava-se Avlis morava junto com a sua família e iria completar seus dezoito anos. Aos dezoito anos, todos os jovens deveriam fazer o ritual de iniciação, no qual uma mancha era fixada em seu braço caracterizando assim a que clã a pessoa pertenceria.

Avlis era diferente. Ele não gostava de divisões. Ele sonhava com uma cidade unida, sem clãs e sem fragmentações. Ele não via uma honra possuir a mancha, mas sim uma imposição social. Toda sociedade o obrigava a escolher um clã e a fazer o tal ritual e ter a mancha no braço.

Chega o dia do ritual. A cor da mancha já está decidida; será azul. Prepara-se a tinta, a família de Avlis está na expectativa, é então que o sacerdote chega e pinta o jovem e o declara pertencente ao clã tapu. A família orgulhosa vem e abraça-o, a sua jovem namorada abraça-o também toda orgulhosa. Mas, o nosso jovem não está nada animado. Ele odiara estar manchado.

Seguia ele para casa enquanto pensava o porque de tantos paradigmas e imposições. Por que as pessoas não entendem que separação não ajuda em nada. Por que eu não posso escolher ter a macha ou não? Se eu quiser ser diferente dos outros, e não querer mancha nenhuma no meu corpo, por que não posso? Por que não posso optar? Por que a sociedade me obriga, por que todos a minha volta também possuem a mancha? Não! Estou decidido, vou tirar essa mancha. O jovem chega em casa, usa um produto especial e tira a macha sagrada.

Encontra-se com seus amigos. Todos estão ansiosos para verem o novo membro do clã tapu. Ficam horrorizados ao verem que o jovem Avlis não tinha mais a mancha. O nosso jovem não entende a reação deles, mas, eles simplesmente começam a virar as costas e abandoná-lo. Rapidamente a notícia se espalha e toda a cidade fica sabendo do menino sem mancha. O menino rejeitado, o menino diferente. O menino que não queria ser mais um dos manchados mas sim ser diferente dos outros.

O encontro esperado acontece, Avlis encontra-se com a sua namorada, Acesnof. Ela olha no fundo de seus olhos e pergunta “Por que você fez isso? Agora será impossível de nós ficarmos juntos. Meu pai jamais irá aceitar alguém que não possua a mancha sagrada.” O corajoso jovem diz para a moça não se preocupar. Ele não tinha a mancha por que queria. E nada nem ninguém iria fazê-lo mudar de idéia. ”Chega de dogmas e imposições. Eu quero ser livre para ser do jeito que eu sou; e espero que você continue gostando de mim do mesmo jeito.”A jovem simplesmente olha tristemente para ele e vira as costas dizendo adeus.

Nosso jovem Avlis, triste, desamparado, rejeitado sem ninguém. Foge para um bosque e fica refletindo. Porque algumas coisas nos são impostas na sociedade? Por que não posso ser diferente? Eu não quero ser igual aos outros. Eu quero mostrar ao mundo um novo jeito de viver. Sem regras impostas, apenas com a liberdade de escolher o que é melhor para mim. Eu quero pelo menos que as pessoas que realmente gostam de mim me aceitem do jeito que sou e a maneira que penso, pois mesmo não concordando que as pessoas possuam a mancha, nunca vou deixar de amá-las. Ter ou não ter a mancha não me faz uma pessoa nem melhor nem pior, mas sim diferente. Ser diferente é normal.

Mas, nosso jovem Avlis continuou só em seu bosque, sem ninguém que o alimentasse nem que conversasse com ele. Foi então que decidiu escrever. Escreveu livros magníficos. Desenvolveu novos métodos científicos e matemáticos, e tornou-se um dos maiores pensadores de sua época. Após sua morte, foram encontrados centenas de livros escritos por ele. E toda a cidade de Orienaj Oir ficou impressionada com seus escritos. E todos os seus livros foram considerados patrimônio cultural da cidade. Foi criado um pequeno museu para que todos os habitantes da cidade nunca se esquecesse do seu jovem solitário. Assim sendo, muitos jovens também tiraram as suas manchas em homenagem ao grande pensador. Passado alguns anos, ninguém mais que nascia na cidade era obrigado a ser manchado. O nosso querido jovem Avlis conseguiu realmente mudar o mundo mas, isso lhe custou a solidão e a morte.



Jhonatas Alfradique
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Muitas vezes nos são impostas regras. São imposições que a sociedade nos faz para que nos enquadremos e fiquemos padronizados. Mas, chamo a você a fugir desse padrão, a se tornar uma pessoa diferente. Uma pessoa sem medo de dizer o que pensa e que esteja pronta para defender seus ideais. Precisamos de pessoas com vontade de mudar. E precisamos dar uma chance para quem não possui a mancha.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Escolhas e Renúncias

Do que a vida é feita? Escolhas. Porém, muitos esquecem que escolher também significa renunciar. Ou seja, se eu escolher algo estarei renunciando outro. Bem, logo, viver também é renunciar. Mas, é de se questinoar até onde nossas renúncias e escolhas irão.

Angustiado fico, quando não sei o que fazer. São milhões de pensamentos, sentimentos. O coração diz uma coisa, a razão outra e eu fico pensando no que pensar. São horas como essa que surgem as reflexões que me deixam extremamente pensativo.

Qual o poder de uma escolha? Ela pode decidir a minha vida. Pode decidir se serei feliz ou não. Pode decidir se irei ter a pessoa certa do meu lado. Pode decidir se no final de minha vida me sentirei realizado ou não. Quantas renúncias! Quantas escolhas! Realmente ficamos apreensivos quando não sabemos o que fazer. O que nos resta é CLAMAR a Deus. Clamar por respostas. Se há alguém que não podemos sequer entender é Deus. Eu não estou falando daquele deus numa estátua, ou nossas invenções de deus que faz tudo o que pedimos. Mas, sim o Autor da Existência, o que planejou e executou tudo o que existe.

A vida é uma surpresa. Ás vezes as surpresas são boas, às vezes ruins. Mas, o que fazer, se isso é viver? Respiramos, pensamos, numa fração de segundos. Decidimos a todo o momento. Nos questionamos a todo instante. Mas, somos infinitamente pequenos e extramente frágeis diante este gigantesco universo.

Leitor, tome muito cuidado com suas escolhas. Elas irão decidir o seu futuro. Não faça escolhas equivocadas.

Jhonatas Alfradique

Bem Vindo ao Idéias e Palavras

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