quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A normalidade da loucura

O homem vive em sociedade há milhares de anos. Para que isso fosse possível durante todo este tempo, em cada época foram criadas regras de estilo de vida, as quais definiam quem é normal e quem não é. Porém, este conceito de normalidade mostra-se muito superficial, já que somos naturalmente diferentes um dos outros.

Vivemos em uma sociedade que está em crise. O ser humano está cada vez mais perdendo o seu valor. E isto é fruto das regras ditadas pelas influências culturais. É normal estar abaixo do peso, estar estressado e não ter tempo para si. Quem não se adéqua a tais regras é rejeitado por este sistema doentio que menospreza as pessoas e que está transformando a mais complexa e bela obra da natureza em um simples objeto.

Grande parte das pessoas que marcaram a história foram consideradas loucas: Arquimedes correndo nu gritando “Eureka”; Colombo acreditando que existiam terras desconhecidas; Newton que “matematizou” a natureza; Cristo que fora morto por pregar a igualdade entre as pessoas. Hoje veneramos tais pessoas, mas em sua época, muitas delas sofreram de descaso e danos até mesmo irreparáveis por parte da sociedade. Sociedade esta que beneficiou-se do trabalho destes grandes pensadores. O mundo não precisa de pessoas normais; precisamos de uma geração de loucos que desejam mudar concretamente o mundo.

Não existe normal nem anormal. O que existe são seres humanos com incríveis habilidades dotados de uma enorme criatividade e diferentes entre si. No entanto, a sociedade tenta menosprezar este brilhantismo do ser humano para torná-lo “normal”. Porém, uma vida normal é monótoma. Assim como no Barroco, o “Carpe Diem” deve estar presente em nossa breve existência. Todos cometemos certas loucuras; umas por amor, outras por necessidade. Logo, ser louco em uma sociedade de loucos é completamente normal.


Jhonatas Alfradique.

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